Audiência pública discute crise do pólo calçadista

Prefeito Luiz Amaral animado com produção do setor em Jequié
(Foto: site Prefeitura Municipal de Jequié)

A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados promove na próxima terça-feira (24), à partir das 14h30, uma audiência pública para discutir a crise do pólo calçadista da Bahia. A solicitação foi do deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA, preocupado com a situação crítica enfrentada pelo setor, a exemplo da Fábrica de Calçados Azaléia, no município de Itapetinga, a 562Km de Salvador, que recentemente anunciou demissões, férias coletivas e ameaças fechar algumas unidades de produção.

“A situação de demissões em uma empresa com o tamanho e importância da Azaleia gera insegurança nos trabalhadores e abala o mercado local. Isso nos preocupa”, afirma o deputado.

A sobretaxa de produtos asiáticos, o financiamento estatal da recuperação das indústrias, através de linhas de créditos aos empresários do setor por meio da Agência de Fomento do Estado da Bahia S/A (DESENBAHIA) e o investimento na qualificação dos funcionários do pólo calçadista estão entre os principais temas que serão debatidos durante o encontro.

Foram convidados para a audiência pública os ministros Carlos Lupi, do Trabalho; Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio; o secretário James Correa, da Indústria, Comércio e Mineração do Estado da Bahia; o prefeito José Carlos Moura e vereador Gilson de Jesus, ambos do município de Itapetinga; Milton Cardoso, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (ABICALÇADOS) e Francisca Trajano, presidente da Confederação Nacional de Têxteis, Couro, Calçados e Vestuários, além de representantes da CTB e da CUT.

Publicado originalmente no Correio.

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Em Jequié, onde funciona uma unidade da Calçados Ramarim com 3500 funcionários, o clima é de insegurança e apreensão, embora não exista sinais visíveis da crise. As duas unidades da indústria em Jequié passaram por recentes ampliações estruturais e de contratações de pessoal. A Confortlex, que entrou em funcionamento em julho de 2010, anunciou em janeiro deste ano a necessidade de dobrar sua produção.