No período de 1 a 4 de abril, especialistas africanos e brasileiros e autoridades se reunirão em Salvador e Cachoeira para debater assuntos relacionados principalmente com à interculturalidade e à diversidade religiosa presentes no Brasil. É que a Bahia foi escolhida para sediar uma série de eventos que marcam o debate e o lançamento da edição em português da Coleção da UNESCO História Geral da África no Brasil.
A Coleção, com aproximadamente 10 mil páginas, foi elaborada por 350 pesquisadores ao longo de 30 anos, coordenados por um comitê científico composto por 39 especialistas, entre os quais, dois terços são compostos por africanos.
Focando aspectos por uma ótica de dentro para fora do continente, a obra revela uma história desconhecida de boa parte dos brasileiros e refuta ideias preconcebidas a respeito da África, a exemplo de que o continente africano era formado por tribos e não por uma sociedade organizada.
Lançando mão da interdisciplinaridade reúne especialistas de diversas áreas científicas como história, antropologia, arqueologia, linguística, botânica, física e jornalismo. O conteúdo permite novas perspectivas para os estudos e pesquisas a respeito da África e também para a disseminação das relações étnico-raciais no sistema de ensino brasileiro.
Os oito volumes que integram a coleção abordam o continente desde a pré-história até a década de 1980, passando pelo Egito Antigo, por diversas civilizações e dinastias, pelo tráfico de escravos, pela colonização europeia e pela independência dos diversos países. A África é destacada como berço da humanidade e de contribuição fundamental para a cultura e a produção do conhecimento científico mundial.
O lançamento estadual acontece na segunda-feira, dia 4/04, a partir das 9h, na Reitoria da Universidade Federal da Bahia, em Salvador. A coleção em português, editada pela UNESCO em parceria com o Ministério da Educação e lançada nacionalmente em dezembro do ano passado, contribui para a disseminação da história e da cultura africana na educação brasileira, e também para a transformação das relações étnico-raciais no país.
O objetivo da série de encontros é promover e debater junto à sociedade o reconhecimento da importância da interseção da história africana com a brasileira, contribuindo para a construção e afirmação da identidade da sua população.
O evento será realizado pela representação da UNESCO no Brasil em parceria com o Ministério da Educação, com a Fundação Pedro Calmon da Secretaria de Cultura da Bahia e com o Centro de Estudos Afro-Orientais da Universidade Federal da Bahia. Para saber a programação completa e nome dos especialistas participantes é só acessar o site da Fundação Pedro Calmon: www.fpc.ba.gov.br.
Com informações da Fundação Pedro Calmon – SecultBA
Nenhum comentário:
Postar um comentário
QUEM INTERESSAR POSSA: