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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Impressões sobre "Lioness: Hidden Treasures", disco póstumo de Amy Winehouse (Por Katy Freitas - TDM)

“Lioness: Hidden Treasures” é o álbum póstumo da saudosa cantora britânica Amy Winehouse, lançado no dia 02 de dezembro de 2011 pela Island Records - nem cinco meses após sua morte.
É um pouco tenso ouvi-lo pela primeira vez, porque bem sabemos que a maioria de lançamentos póstumos pode se tornar um grande desrespeito com o artista. É um risco que os fãs e pessoas que respeitam e têm carinho pelo ídolo corre.
O disco é calcado no jazz e contém algumas demos escolhidas por Mark Ronson, Salaam Remi e pela família da artista, incluindo o primeiro ‘single’, "Body And Soul", dueto com Tony Bennett. 
No entanto, após a primeira e tensa audição, tudo melhora por se perceber que é, de fato, um álbum bom. Trata-se de uma compilação de registros de estúdio e sobras de gravações, incluindo uma versão de “Garota de Ipanema” - “The Girl From Ipanema” - em uma versão meio drum’n’bass, na qual a voz de Amy não se mostra tão poderosa, até pouco mais aguda para seu padrão. Esse tipo de coisa que também nos faz questionar o quanto isso foi mexido.
As gravações deixadas pela cantora foram retrabalhadas pelos produtores Mark Ronson e Salaam Remi, que assinam a produção de “Frank” e “Back To Black”. Eles, separadamente, trabalharam muito com Amy, além de serem amigos dela, e isso é importantíssimo. Eles sabiam qual era a pegada dela para essas músicas.
Na realidade, composições inéditas mesmo são somente quatro. A linda “Between The Cheats”, que nos remete aos anos 50 com os ‘jazz vocals’ de apoio; “Like Smoke”, já mais R&B e com participação do rapper Nas, que dá o toque especial à canção e até menciona o bairro onde Amy morava, Camden, em sua rima. 
“Half Time” e “Best Friends, Right?” são as outras duas composições nunca antes lançadas por Amy.
Os ‘covers’ de “Will You Still Love Me Tomorrow”, do The Shirelles, “A Song For You”, de Donny Hathaway, e “Our Day Will Come”, do Ruby & The Romantics são versões arrebatadoras que Winehouse bem sabia fazer.
A versão demo de “Wake Up Alone” mereceu muitos ‘repeats’ exala emoção e concentração de Amy. Assim como “Tears Dry”, rascunho de “Tears Dry On Their Own”. 
Vale muito a pena ter “Lioness: Hidden Treasures” como um registro a mais de material de Amy, mas não o considere “o terceiro álbum” da cantora, pois está longe disso. É uma delícia de se ouvir, mas não é um “Back To Black”.

(Por Katy Freitas- Redação Território da Música)

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