Após tomar conhecimento da carta de Benedito Sena na quarta-feira (1º/12) solicitando seu afastamento da Secretaria de Cultura e Turismo, o prefeito Luiz Amaral nomeou o professor Robério Chaves, secretário de Esportes e Lazer, para ocupar interinamente a pasta.
A saída de Bené Sena, que vinha demonstrando insatisfação por se sentir desprestigiado na administração municipal, deixou boa parte da comunidade artística e pessoas ligadas ao setor cultural decepcionadas.
Bené, músico instrumentista do grupo Arguidá e apresentador do programa Armarinho de Miudezas, na 105 FM, teve o árduo trabalho de implantar a Secretaria de Cultura e Turismo. A pasta foi criada no final da administração Reinaldo Pinheiro para atender ao planejamento do governo Luiz Amaral que visava priorizar o setor cultural do município, limitado nas administrações anteriores ao status de diretoria subordinada à Educação.
Bené, músico instrumentista do grupo Arguidá e apresentador do programa Armarinho de Miudezas, na 105 FM, teve o árduo trabalho de implantar a Secretaria de Cultura e Turismo. A pasta foi criada no final da administração Reinaldo Pinheiro para atender ao planejamento do governo Luiz Amaral que visava priorizar o setor cultural do município, limitado nas administrações anteriores ao status de diretoria subordinada à Educação.
A Prefeitura de Jequié enfrentou dificuldades por causa da epidemia da dengue no primeiro semestre de 2009 e posteriormente em virtude da crise econômica que afetou cidades em todo o país com a diminuição da arrecadação e queda do FPM - Fundo de Participação dos Municípios. A Cultura do Município, por se tratar de uma secretaria em fase de implantação e com a responsabilidade de organizar o São João em meio à crise, não teve como fugir do desgaste já naquele período.
Paralelamente à condução dos festejos juninos de 2009, engessada na adequação às necessidades impostas pela crise e às exigências do Ministério Público e de vários setores da sociedade, Bené e sua equipe tiveram que se desdobrar para efetivar a implantação física e conceitual da Secut.
Paralelamente à condução dos festejos juninos de 2009, engessada na adequação às necessidades impostas pela crise e às exigências do Ministério Público e de vários setores da sociedade, Bené e sua equipe tiveram que se desdobrar para efetivar a implantação física e conceitual da Secut.
Ocupando salas emprestadas do Centro de Cultura ACM, a nova secretaria teve de adquirir móveis e equipamentos e recuperar aparelhos culturais do Município. Incluindo a tão almejada reforma da Casa da Cultura Pacífico Ribeiro, praticamente concluída no primeiro semestre deste ano e ainda fechada por causa dos famigerados entraves burocrático-financeiros.
Na parte conceitual, desde o primeiro momento a nova secretaria procurou se afinar com a Secult/BA – Secretaria de Cultura da Bahia e com o Minc – Ministério da Cultura, se antecipando, em relação a outros municípios, na integração ao Plano Nacional de Cultura e ao Sistema Nacional de Cultura, sancionados excepcionalmente hoje (4/12) pelo presidente Lula (conforme texto a baixo).
Em pouco mais de um ano a Secut elaborou e executou projetos e programas de grande importância. Como os editais municipais de incentivo à produção cultural local, alvos de Moção de Congratulações por iniciativa do Vereador Deyvison Érrico, e de ofício de aplausos pelo Vereador Luiz Brito. De maneira democrática e transparente, sempre em constante diálogo com o CMC - Conselho Municipal de Cultura, os avanços e fomentos culturais promovidos pela Secretaria recém-criada chegaram a colocar Jequié no patamar de referência para outros municípios.
O setor viveu por alguns meses uma efervescência nunca vista. No entanto, quase sempre por causa dos já citados entraves burocrático-financeiros, muitos projetos e ações de grande importância foram completamente paralisados. A exemplo de “Sexta na Concha” (que valoriza músicos da cidade), “Quarta é do Teatro ou Dança”, “Ciranda da SECUT” (com oficina de cerâmica para pessoas de várias idades), “SECUT Itinerante de conveniamento com entidades”, Cia. Municipal de Teatro, Calendário Municipal de Apoio à Projetos, instalação do Memorial Casa das Etnias. Além da grade fixa da Casa da Cultura Pacífico Ribeiro, estagnada à espera do desentrave.
O setor viveu por alguns meses uma efervescência nunca vista. No entanto, quase sempre por causa dos já citados entraves burocrático-financeiros, muitos projetos e ações de grande importância foram completamente paralisados. A exemplo de “Sexta na Concha” (que valoriza músicos da cidade), “Quarta é do Teatro ou Dança”, “Ciranda da SECUT” (com oficina de cerâmica para pessoas de várias idades), “SECUT Itinerante de conveniamento com entidades”, Cia. Municipal de Teatro, Calendário Municipal de Apoio à Projetos, instalação do Memorial Casa das Etnias. Além da grade fixa da Casa da Cultura Pacífico Ribeiro, estagnada à espera do desentrave.
Ainda como diretor de Cultura, na administração anterior, Bené Sena criou a Vila Junina, promovendo a descentralização da festa de São João, movimentando o comércio e valorizando os aspectos mais tradicionais dos festejos. A idéia deu tão certo que foi copiada por outros municípios.
Com a inovadora proposta de uma festa temática a cada ano, em 2010 o São João “Xangô Menino” misturou o forró clássico ao moderno. Valorizou artistas da terra, promoveu a diversidade cultural inerente aos folguedos nordestinos e trouxe artistas consagrados como Dominguinhos, Flávio José, Adelmário Coelho, Targino Gondim e Gilberto Gil. Ainda teve quem reclamasse. O novo formato e conteúdo receberam elogios de visitantes e levaram a família jequieense (crianças, casais, idosos) ao circuito da festa, que em outros tempos era tomado pela violência, apologia à bebedeira e vulgarização do sexo por parte de atrações musicais com letras de baixo calão. Segundo a polícia militar, apesar do grande número de pessoas não houve ocorrências relevantes. O retorno ao antigo cenário, por incrível que pareça, é defendido por parte da imprensa e por algumas autoridades sob a justificativa da necessidade de aumento de público para atender interesses comerciais.
Se fazer cultura, entre outras coisas, é reconhecer e valorizar a diversidade cultural, étnica e regional, é proteger e promover o patrimônio histórico e artístico, material e imaterial, e valorizar e difundir as criações artísticas e os bens culturais, como alguns dos objetivos constantes no PNC, creio que Bené Sena deixa a Secretaria de cabeça erguida, na certeza de que esteve no caminho certo.
Espero que Róberio Chaves - à frente da Cultura, ainda que interinamente, pois esta pasta merece dedicação integral e apoio incondicional - dê continuidade ao processo inaugurado por seu antecessor, e que o "novo" secretário tenha a sorte de encontrar os inconvenientes e desgastantes fatores burocrático-financeiros mais amistosos com o setor cultural do nosso município daqui para frente.
Parabéns Bené, boa Sorte Robério!
Parabéns Bené, boa Sorte Robério!
Meus Amigos!
ResponderExcluirO Bené Sena nosso querido ex. Sec. de Cultura do Municipio, fez o que nenhum outro jamais pensou fazer, deu vez aos filhos da terra do Sol, valorizando assim a nossa terra e seus artistas...
Espero que esse novo Sec. tenha o mesmo respeito com o que teve o meu querido amigo Bené Sena!
Fica aqui mais uma vez minha Tristeza pelo grande feito do Sr. Prefeito Luiz Amaral que deixou escapar um grande conhecedor da arte e da cultura da nossa querida Jequié.
Atenciosamente,
Paulinho Jequié
Cantadô