Familiares, amigos, autoridades e colegas de radialismo estiveram presentes no velório e sepultamento de Geraldo Teixeira hoje (17) pela manhã. O corpo foi velado nas dependências da Loja Maçônica União Beneficente.
As últimas homenagens feitas ao radialista aconteceram no Cemitério São João Batista em forma de música. Logo após o sepultamento, por volta das 11h:30, os mais próximos começaram a cantar “Marina”, composição de Dorival Caymmi que Geraldo Teixeira tanto gostava. Em seguida a canção de Roberto Carlos ressoou serenamente em coro como alento aos que ficam na saudade: “Nossa Senhora me dê a mão/ Cuida do meu coração/ Da minha vida do meu destino...”
O radialista aposentado faleceu em Salvador, no Hospital Santa Isabel, na manhã de segunda-feira, aos 82 anos. Deixou esposa, dona Elza Cordeiro Teixeira, as filhas Maria das Graças e Maria de Fátima, e netos.
Geraldo Teixeira atuou por mais de trinta anos na Rádio Bahiana de Jequié, onde apresentou vários e inesquecíveis programas. Um referencial em vida para muitos profissionais da comunicação, como deixa claro o ex-radialista e atual apresentador de telejornal da TV Sudoeste, Judson Almeida, ao postar comentário no blog de Wilson Novaes: “Perdemos um arquivo vivo da história de Jequié. A voz que tanto nos informou, divertiu, nos fez chorar. A voz do Músicas e Informações, da Ave Maria, do lendário “Show dos Brotos” no Cine Jequié, do carro de som (Geteixeira publicidad). Fica a lembrança do profissional que atravessou gerações, o exemplo do homem e cidadão; e o pedido para que Deus, em sua infinita misericórdia, console os corações da família enlutada”.
O que dói é o nunca mais. Nunca mais ver você, nem seu sorriso puro e já cansado, nem seu jeito, que de tão simples era o mais lindo que havia... nunca mais ouvir sua voz grave e forte, nunca mais sorrirmos juntos na mesa com você chupando laranja e contando piadas depois de comer aquela farofa de feijão. Já dói. Entrar lá na casa. Seu lugar no sofá, na mesa... naquela vida que era tão nossa. O vazio, não se mede. A dor, não tem nome. Nunca mais. Você cochilando na hora da novela. Seus pijaminhas nem seus chinelinhos que minha vó escolhia com tanto bom gosto e amor. Você me chamando de "Ninha". Nem você me oferecendo coalhada de manhã cedo e eu dizendo: "eca, vô!". Dói demais a certeza de que os anos vão passar, e meus filhos não terão o privilégio de olhar no seu olhar e admirá-lo tanto quanto eu pude. Dói ficar órfã de avô. E nunca mais poder te dizer que eu te amo seguido de seu "obrigado" desconcertado e de seu sorriso desconcertante. Dói tanto vô! É espada que transpassa a alma. Você levou um pedaço de mim, mas deixou tanto ensinamento de como ser humana, de como ser melhor, que eu tô começando a acreditar que esses vinte e oito anos que Deus me permitiu passar com você foi mais do que uma simples dádiva: foi carinho de Deus para mim. Obrigada pelos genes da música e da escrita, do gosto pela leitura e da inclinação para o bem; não tenho dúvida que vieram de você. Minha maior alegria e meu maior orgulho é o maior título que tenho, que você deixou pra mim, cravado na alma, nos cartórios e no sangue, e que nem a sua morte nem a minha poderão me arrancar: ser a NETA DE GERALDO TEIXEIRA. Eternamente, vô... eternamente.
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