EM DEFESA DOS ANIMAIS - Primeiro eliminaram os caminhões e trios elétricos do cortejo da festa do Bonfim. Este ano, o que para muitos parecia impossível, aconteceu: Por iniciativa de organizações de defesa dos animais e atuação do Ministério Público, os jumentos ficaram fora da Festa do Bonfim.
EM DEFESA DA DIGNIDADE HUMANA - Espero que um dia alguma organização em defesa do cidadão promova o fim das cordas em torno dos blocos carnavalescos. Além de mal pagos e expostos a toda sorte de sol, chuva e confusões, a atividade dos cordeiros é uma das poucas na história do Carnaval baiano que pouco evoluiu.
CORDÕES E CORDEIROS - A origem dos tradicionais cordões carnavalescos data do século XIX, mas o formato de pequenos blocos compostos por no máximo algumas dezenas de amigos, animados por apito e instrumentos percussivos, circundados por uma corda revezada nas mãos dos próprios foliões foi comum até o final da década de 70.
Mais de 30 anos passaram-se do começo da profissionalização dos blocos com trios elétricos na Bahia. Aconteceu o fim das fantasias mais aprimoradas, dos macacões desconfortáveis, ocorreu o encurtamento das mortalhas até transformarem-nas nos abadas, e estes, sem perder o nome, viraram blusas normais personalizadas. Os trios se agigantaram; os camarotes, que passaram a existir de duas décadas para cá, ostentam cada vez mais luxo; estrelas do axé surgiram e outras se apagaram. E a tradição dos cordeiros permanece.
Mais de 30 anos passaram-se do começo da profissionalização dos blocos com trios elétricos na Bahia. Aconteceu o fim das fantasias mais aprimoradas, dos macacões desconfortáveis, ocorreu o encurtamento das mortalhas até transformarem-nas nos abadas, e estes, sem perder o nome, viraram blusas normais personalizadas. Os trios se agigantaram; os camarotes, que passaram a existir de duas décadas para cá, ostentam cada vez mais luxo; estrelas do axé surgiram e outras se apagaram. E a tradição dos cordeiros permanece.
Geralmente desempregados dispostos a ganhar em média 25 reais para segurar a corda por trajetos de 4 a 7 km que podem durar até 8 horas de caminhada, os cordeiros representam quase metade dos “empregos diretos” no Carnaval de Salvador. São 100 mil cordeiros para 220 mil postos temporários. Durante a folia, os cordeiros geralmente recebem duas barras de cereal, dois pacotes de biscoito e dois litros de água para quem trabalha durante o dia e um litro para os trabalhadores da noite. Em meio ao clima muitas vezes de guerra, os cordeiros suam para conter o empurra-empurra dos foliões da pipoca espremidos entre os camarotes e os blocos.
No primeiro dia do Carnaval 2011 um dos cordeiros do bloco Alô Inter, animado pelo cantor baiano Netinho, desmaiou durante o percurso do circuito Barra-Ondina.
Pode parecer utopia, mas creio que seja possível banir as cordas excludentes e aparelhar melhor o sistema de segurança, valorizando esses trabalhadores e respeitando o folião sem bloco. OS chamados abadás, já são um diferencial para garantir privilégios junto à infraestrutura oferecida aos componentes dos blocos.
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Praia do Saco: três casas luxuosas destruídas pelo mar (Foto: Jornal da Cidade) |
TURISMO EM CONTA - Experiência única: Ainda é possível tomar umas cervejinhas a preço bem a baixo da média praticada em Salvador, na zona urbana de Estância, entre seculares casarões com belíssimas fachadas azulejadas em razoável estado de conservação.
PACATOS CIDADÃOS - Curiosidade: Em Estância - cidade fundada em 1848, com raízes históricas no século XVII – ao tempo em que motoristas e condutores de motos dão passagem aos pedestres na faixa (mesmo em pontos que não há semáforos), motociclistas ainda transitam sem capacetes, carregando famílias inteiras (até três pessoas, adulto e crianças, na carona) sem serem abordados pelas autoridades policiais.
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