Este é o Miscelânea, por Júlio Lucas

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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Paul McCartney fez show apoteótico em Porto Alegre

Com profissionalismo e espontaneidade o ex-Beatles cantou durante três horas
grandes sucessos para o público de aproximadamente 50 mil pessoas
Pela terceira vez Paul McCartney veio ao Brasil. Em 1990, o público de 184 mil pessoas no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, resultou em destaque no Guinness, o livro dos recordes; em 93, o sucesso não foi diferente. Desta vez, teve gente que passou dois dias na fila para comprar ingressos que esgotaram em duas horas. De acordo com a VEJA, pelo que se viu em Porto Alegre neste domingo (07), pode-se esperar um grande show em São Paulo, quando ele encerra a turnê com apresentações nos dias 21 e 22 no estádio do Morumbi. 

Seguindo o set list de 34 músicas, o cantor revisitou durante três horas os grandes sucessos dos Beatles e dos seus projetos solos. 
O primeiro concerto da turnê Up And Coming no Brasil começou pouco depois das 21 horas e se estendeu até os primeiros minutos desta segunda-feira (08). A plateia estimada em 50.000 pessoas correspondeu cantando e aos gritos.
A baixo, vejamos como foi a impressão da jornalista Carolina Santos, do Diario de Pernambuco, sobre o show do ex-Beatles.

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Porto Alegre - Foi num piscar de olhos. Às 21h15 (horário de Brasília) as luzes do imenso palco do estádio Beira Rio se apagaram. E quando se acenderam de novo lá estava ele, sir Paul McCartney, de paletó azul marinho e camisa branca. Sorriu, levantou as mãos para o público de quase 50 mil pessoas e balbuciou “one, two, three...”
Soaram os primeiros acordes da noite, a delicada Venus and mars, logo emendada com Rock show. O medley doce e energético deu a tônica da noite, com Paul alternando baladas com rocks setentistas, cheios de solos de guitarra.

Quando terminou a dobradinha, tocou Jet, sucesso de 1973, e cantou a primeira música da era Beatles na noite, All my loving. Parecia que um terremoto sacudia o Beira-Rio. Paul levou às mãos à cabeça e perguntou em português, quase sem sotaque. “Oi, tudo bem?” seria a primeira de várias frases em português que ele lia de um papel.

Foi emocionante quando antes de tocar a belíssima My Love, Paul leu: “eu escrevi essa música para a minha gatinha Linda (sua ex-mulher, vítima de câncer em 1998), mas esta noite é para todos os namorados”. Outro momento emocionante do começo do show foi quando Paul cantou Here Today, linda homenagem a John Lennon, que está no disco Tug of war (1982). George Harrison, o beatle que morreu em 2001, também foi lembrado, numa versão tocante e longa de Something.
O show continuou quase que exclusivamente com músicas dos Beatles - teve Get back, Let it be, Yesterday, entre outras. Terminou com The End, aquela dos versos: "...e no final, o amor que você leva é igual ao amor que você faz".
Energia - No palco, Paul McCartney não demonstra nenhum sinal dos seus bem vividos 68 anos. Toca baixo com a personalidade de um guitarrista, a voz quase nunca falha e, impressionante, não bebe nada nos intervalos das músicas – herança dos tempos de Brian Epstein, o primeiro empresário dos Beatles.

Foto: Rodrigo Levino, de Porto Alegre.

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