Este é o Miscelânea, por Júlio Lucas

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terça-feira, 12 de outubro de 2010

História de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil

De acordo com o site wikpedia, existem duas fontes sobre o achado da imagem. Um se encontra no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida (anterior a 1743) e outro, no Arquivo Romano da Companhia de Jesus, em Roma. A história foi primeiramente registrada pelo Padre José Alves Vilela em 1743 e pelo Padre João de Morais e Aguiar em 1757, registro que se encontra no Primeiro Livro de Tombo da Paróquia de Santo Antônio de Guaratinguetá. 
A sua história tem início em meados de 1717, quando chegou a Guaratinguetá a notícia de que o conde de Assumar, D. Pedro de Almeida e Portugal, governador da então Capitania de São Paulo e Minas de Ouro, iria passar pela povoação a caminho de Vila Rica (atual cidade de Ouro Preto), em Minas Gerais. 
Desejosos de oferecer-lhe o melhor pescado, os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves lançaram as suas redes no rio Paraíba do Sul. Depois de muitas tentativas infrutíferas, descendo o curso do rio chegaram a Porto Itaguaçu, a 12 de outubro. Já sem esperança, João Alves lançou a sua rede nas águas e apanhou o corpo de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição sem a cabeça. Em nova tentativa apanhou a cabeça da imagem. Envolveram o achado em um lenço. Daí em diante, os peixes surgiram em grande quantidade.
Durante quinze anos a imagem permaneceu na residência de Filipe Pedroso, onde as pessoas da vizinhança se reuniam para orar. A devoção foi crescendo entre o povo da região. A fama dos poderes extraordinários de Nossa Senhora foi se espalhando pelas regiões do Brasil. A família teve que construir um oratório no Porto de Itaguaçu, que logo se mostrou pequeno.
A primeira Capela foi construída por volta de 1734 pelo vigário de Guaratinguetá no alto do morro dos Coqueiros. A capela e a imagem foram visitadas por Dom Pedro I e sua comitiva em 20 de abril de 1822.
Por causa do grande número de devotos em 1834 foi iniciada a construção de uma igreja maior (a atual Basílica Velha). A inauguração aconteceu em 8 de dezembro de 1888.
Em novembro de 1888, em pagamento a uma promessa atendida, a Princesa Isabel ofertou à santa uma coroa de ouro cravejada de diamantes e rubis juntamente com o característico manto azul, ricamente adornado. A solenidade de coroação só viria acontecer em 1904 por D. José Camargo Barros, com a presença do Núncio Apostólico, muitos bispos, o Presidente da República Rodrigues Alves e grande quantidade de populares.
Em 1928, a vila que se formou ao redor da igreja no alto do Morro dos Coqueiros tornou-se Município, passando a se chamar Aparecida.
Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi proclamada Rainha do Brasil e sua Padroeira Oficial em 16 de julho de 1930, por decreto do papa Pio XI. Em 30 de junho de 1.980 foi decretado oficialmente feriado no dia 12 de outubro, ocasião em que também houve o reconhecimento oficial da República Federativa do Brasil a Nossa Senhora Aparecida como padroeira do Brasil.
Na visita de João Paulo II ao Brasil, em 1980, o papa consagrou a Basílica de Nossa Senhora Aparecida, o maior santuário mariano do mundo.
A imagem retirada das águas do rio Paraíba em 1717 é de terracota e mede quarenta centímetros de altura. Em estilo seiscentista, como atestado por diversos especialistas que a analisaram. A argila utilizada para a confecção da imagem é oriunda da região de Santana do Parnaíba, na Grande São Paulo. Quando foi recolhida pelos pescadores, o corpo estava separado da cabeça e, muito provavelmente, sem a policromia original, devido ao período em que esteve submersa nas águas do rio. A cor de canela com que se apresenta hoje se deve à exposição secular à fuligem produzida pelas chamas das velas, lamparinas e candeeiros, acesas pelos seus devotos. Em 1978 a imagem sofreu um atentado que a reduziu a quase duzentos fragmentos. Foi então totalmente restaurada, no MASP, pelas mãos da artista plástica Maria Helena Chartuni. Através de estudos comparativos as características dos lábios sorridentes; do queixo encastoado, tendo, ao centro, uma covinha; do penteado e flores nos cabelos em relevo; broche de três pérolas na testa e porte corporal empinado para trás, concluiu-se que a autoria da imagem pode ser atribuída a um dos discípulos do monge beneditino frei Agostinho da Piedade ou ao seu irmão de Ordem, frei Agostinho de Jesus.

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