Este é o Miscelânea, por Júlio Lucas

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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Trapalhada na convocação de preso resulta no adiamento de julgamento

Um fato absurdo impediu o julgamento dos acusados pela morte do economista Victor de Athaíde Couto Filho, marcado para esta quarta-feira, no Fórum Ruy Barbosa, em Salvador. O júri precisou ser adiado porque um dos acusados não foi encontrado para receber a convocação e comparecer ao Tribunal de Justiça. O fato poderia até ser considerado normal se ele já não estivesse preso.
O julgamento estava marcado para as 8h30. Quase uma hora depois chegaram à sala do júri, apenas dois dos três acusados que estão presos desde 2006. Minutos depois, o juiz Vilebaldo Freitas foi surpreendido com a informação de que Carlos Alberto Santos não foi localizado no presídio. A informação chegou através de um documento assinado pela direção do presídio.
No salão do júri, no banco dos réus, um outro acusado disse que Carlos Alberto ocupa a mesma galeria dele e não foi chamado pelos agentes para atender a convocação da justiça.

A EXPLICAÇÃO: Em nota, a Superintendência de Assuntos Penais, da Secretaria da Justiça, disse que o ofício convocando Carlos Alberto Santos foi mandado pelo segundo tribunal do júri para um outro preso, com o mesmo nome, que está na unidade especial disciplinar. O Carlos Alberto que deveria ser julgado nesta quarta está no presídio. Segundo a Superintendência, o servidor que cometeu o erro será advertido.
NOVO JULGAMENTO: O juiz Vilebaldo Freitas marcou um novo julgamento para o próximo dia 26 e disse que vai pedir explicações à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos. Para a promotoria de Justiça, os acusados ainda não foram condenados por causa de manobras feitas para provocar adiamentos como o desta quarta-feira.
O CRIME: Vitor Athayde Couto Filho foi morto em julho de 2006. Ele foi levado de casa em um condomínio em Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador. O corpo foi encontrado nove dias depois em um matagal na Estrada Velha do Aeroporto. O principal acusado de planejar o assassinato, José Raimundo Cerqueira, já tinha trabalhado na casa do economista algumas vezes. A polícia chegou até os acusados depois que José Raimundo, conhecido como Abelha, ser flagrado pelas câmeras de um banco sacando dinheiro com o cartão da vítima.
A REVOLTA: O adiamento do júri popular pela terceira vez revoltou a mãe de Vitor Athayde que há quatro anos espera justiça pela morte de um filho. FONTE: http://moglobo.globo.com

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