Michael Schumacher sempre demonstrou genial capacidade para andar na frente. Mas pilotando um carro sem condições para ganhar tem se revelado um péssimo profissional. No domingo passado (1º de agosto), o alemão realizou manobra perigosa contra Rubens Barrichello, imprensando-o contra o muro quando sofria uma bela ultrapassagem do brasileiro.
Rubinho, que por quatro anos (2000 – 2005) engoliu calado atitudes anti-desportivas da Ferrari, quando atuando como segundo piloto da escuderia italiana teve em algumas ocasiões obrigação de facilitar para o então colega Schumacher, agora em condições de concorrência franca com o alemão, bem longe do pódio, abriu o verbo: “Fiz uma das melhores manobras de minha carreira contra uma das mais horrendas de Michael”.
Felizmente, a FIA – Federação Internacional de Automobilismo, diante de uma crise de identidade entre interesses financeiros e desportistas, enfrentando queda na popularidade por sucessivos escândalos (espionagem, acidentes forjados e vitórias combinadas), tomou atitude correta. O piloto alemão foi punido e perderá dez posições no grid de largada do próximo Grande Prêmio de Fórmula 1, na Bélgica.
Já a polêmica ultrapassagem de Fernando Alonso, ordenada pela Ferrari em códigos por rádio, que impediu Felipe Massa de comemorar o que seria sua 12ª vitória foi punida até o presente momento com uma “pizza” de US$ 100 mil. Uma merreca para a escuderia que continua maculando sua história e popularidade com atitudes vergonhosas.
O Conselho da FIA deverá se reunir somente em 8 de setembro para julgar o caso. Mas, mesmo tendo sido proibido o jogo de equipes explicitamente em artigo no regulamento da categoria, depois daquele incidente na Áustria, quando de forma grosseira Rubinho deixou Schumacher passar na última curva também por manobra de equipe, os entendidos de plantão acreditam que desta vez também não vai dar em nada, visto que o presidente da FIA, Jean Todt, é um ferrarista genuíno e já fez declarações amenizando a situação.
Resta saber até quando os investidores e espectadores vão dar crédito e audiência ao que se distancia cada vez mais de espetáculo esportivo com 60 anos de tradição para se transformar em um show de farsa.
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