Como há muito não acontecia pelas plagas boêmias do Rio Vemelho, a madrugada de sábado para domingo (27/28) prometia. Passar o fim de semana na soterópolis, em vez de ser
uma busca do que de novidade sopram os ventos do litoral sobre a avenida oceânica, desta vez a motivação foi rever alguns amigos e figuras emblemáticas embalado pela trilha sonora underground dos anos 80.
O convite veio pelo orkut através do amigo das antigas Tony Mello (Departamento Humano): Festa “Troca de Segredos” no Farol Bar com as bandas Coveiros do Cover e Persona S/A. Um tributo ao rock baiano dos anos 80 que reuniria os dinossauros da época.
As bandas que se apresentaram são novas, mas seus componentes são remanescentes dos tempos heróicos do rock soteropolitano. Além de Jerry Marlon (Delirium Tremens, 14º Andar e Beatles in Sena) que marcou presença inusitada na guitarra dos Coveiros e voltou a sua especialidade (baixo) na Persona, transitaram pelo palco: Helio Rocha (Delirium Tremens, 14º Andar), Eduardo Schot (Gonorréia), Gustavo Müllen (Camisa de Vênus), André Lissonger (Utopia – para os desavisados, nada tem haver com os Mamonas), Marcelo Kowalski (Ramal 12), entre outros.
Pouco antes da meia-noite, os navegantes do asfalto avistaram o Farol Bar, no Rio Vermelho – e eu que pensava que não tinha farol por aquelas bandas. Já na chegada percebiam-se olhares se cruzando por todos os lados na tentativa de resgatar uns nos outros os traços característicos daqueles jovens de outrora que queriam mudar o mundo há mais de duas décadas, sob as lonas do Troca de Segredos, templo dos mais freqüentados pelas tribos urbanas da época. Aos poucos os rebeldes de ontem iam revelando-se nos profissionais liberais, empresários, jornalistas, publicitários... de hoje. Alguns ainda transitam com a mesma desenvoltura pelo mundo da música, das produções e agitações culturais undergrounds. Porém, sem dúvida, todos mantém vivo o mesmo gosto pelo bom e velho rock’n’roll “que ainda entorta a coluna cervical”, como diria nosso Maluco Beleza.
Ao lado de Ricardo Borges (Verbo Auxiliar/Blackbirds) saudei alguns “velhos” conhecidos. A grata surpresa mesmo foi me deparar com Ednilson Sacramento. A última vez que vi este guerreiro foi no show da Olhos de Poeta no Bar Degrau, em 88. Naquela ocasião ele já havia perdido 70% da vista por uma doença degenerativa, mas continuava acompanhando as apresentações dos companheiros de luta na terra do axé. Desta vez, sem enxergar mais nada, mas com uma “visão auditiva” de dar inveja à maioria ali presente, prestigiou atentamente o revival a fim de alimentar seus registros constantes. Ednilson é autor de "Rock Baiano: História de uma cultura subterrânea", edição esgotada.
Além do rock temperado com dendê que sacudiu palcos dos circos, bares, clubes e escolas nos anos 80, a exemplo de “Você não pode se calar”, “Só pra passar tempo”, “O Adventista”, os caras mandaram ver em clássicos internacionais como Brand New Cadillac, In The City, Should I Stay or Should I Go, Substitute, KKK, Psycho Killer, e Police and Thivens.
Uma pena que a long-neck a 5 reais manteve acesa a pergunta que não quer calar: "- porque rock na Bahia continua tão caro?" Também fica manifestado aqui o gostinho de quero mais pela falta de referência - no palco e no slide com imagens da época - a outras bandas emblemáticas, como Cabo de Guerra, Sinal Vermelho, Mar Revolto, Dever de Classe, Via Sacra, Elite Marginal, Verbo Auxiliar, Olhos de Poeta, Treblinka, e tantas outras que foram fundamentais na cena do rock dendê dos idos de 80.
Em tempos de pasmaceira, revisitar o passado não é saudosismo enfadonho. É manter o dínamo dos nossos valores gerando energia renovável.
O convite veio pelo orkut através do amigo das antigas Tony Mello (Departamento Humano): Festa “Troca de Segredos” no Farol Bar com as bandas Coveiros do Cover e Persona S/A. Um tributo ao rock baiano dos anos 80 que reuniria os dinossauros da época.
As bandas que se apresentaram são novas, mas seus componentes são remanescentes dos tempos heróicos do rock soteropolitano. Além de Jerry Marlon (Delirium Tremens, 14º Andar e Beatles in Sena) que marcou presença inusitada na guitarra dos Coveiros e voltou a sua especialidade (baixo) na Persona, transitaram pelo palco: Helio Rocha (Delirium Tremens, 14º Andar), Eduardo Schot (Gonorréia), Gustavo Müllen (Camisa de Vênus), André Lissonger (Utopia – para os desavisados, nada tem haver com os Mamonas), Marcelo Kowalski (Ramal 12), entre outros.
Pouco antes da meia-noite, os navegantes do asfalto avistaram o Farol Bar, no Rio Vermelho – e eu que pensava que não tinha farol por aquelas bandas. Já na chegada percebiam-se olhares se cruzando por todos os lados na tentativa de resgatar uns nos outros os traços característicos daqueles jovens de outrora que queriam mudar o mundo há mais de duas décadas, sob as lonas do Troca de Segredos, templo dos mais freqüentados pelas tribos urbanas da época. Aos poucos os rebeldes de ontem iam revelando-se nos profissionais liberais, empresários, jornalistas, publicitários... de hoje. Alguns ainda transitam com a mesma desenvoltura pelo mundo da música, das produções e agitações culturais undergrounds. Porém, sem dúvida, todos mantém vivo o mesmo gosto pelo bom e velho rock’n’roll “que ainda entorta a coluna cervical”, como diria nosso Maluco Beleza.
Ao lado de Ricardo Borges (Verbo Auxiliar/Blackbirds) saudei alguns “velhos” conhecidos. A grata surpresa mesmo foi me deparar com Ednilson Sacramento. A última vez que vi este guerreiro foi no show da Olhos de Poeta no Bar Degrau, em 88. Naquela ocasião ele já havia perdido 70% da vista por uma doença degenerativa, mas continuava acompanhando as apresentações dos companheiros de luta na terra do axé. Desta vez, sem enxergar mais nada, mas com uma “visão auditiva” de dar inveja à maioria ali presente, prestigiou atentamente o revival a fim de alimentar seus registros constantes. Ednilson é autor de "Rock Baiano: História de uma cultura subterrânea", edição esgotada.
Além do rock temperado com dendê que sacudiu palcos dos circos, bares, clubes e escolas nos anos 80, a exemplo de “Você não pode se calar”, “Só pra passar tempo”, “O Adventista”, os caras mandaram ver em clássicos internacionais como Brand New Cadillac, In The City, Should I Stay or Should I Go, Substitute, KKK, Psycho Killer, e Police and Thivens.
Uma pena que a long-neck a 5 reais manteve acesa a pergunta que não quer calar: "- porque rock na Bahia continua tão caro?" Também fica manifestado aqui o gostinho de quero mais pela falta de referência - no palco e no slide com imagens da época - a outras bandas emblemáticas, como Cabo de Guerra, Sinal Vermelho, Mar Revolto, Dever de Classe, Via Sacra, Elite Marginal, Verbo Auxiliar, Olhos de Poeta, Treblinka, e tantas outras que foram fundamentais na cena do rock dendê dos idos de 80.
Em tempos de pasmaceira, revisitar o passado não é saudosismo enfadonho. É manter o dínamo dos nossos valores gerando energia renovável.
Fotos e outras informações do site: www.coveirosdocover.blogspot.com/
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