Morreu às 7h40 desta sexta-feira (24 de dezembro), aos 72 anos, Orestes Quércia, no hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, onde estava internado desde o dia 18 de novembro para tratar de um câncer na próstata. O ex-governador de São Paulo havia enfrentado a doença há 10 anos, mas o tumor reapareceu, o obrigando a desistir da candidatura ao Senado no último pleito.
O velório está previsto para acontecer no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, a partir das 14h. O enterro está marcado para amanhã, às 9h, no Cemitério do Morumbi.
HISTÓRIA - Presidente estadual do PMDB, Quércia deixa a mulher, Alaíde, e quatro filhos, além de R$ 117 milhões em patrimônio declarado ao Tribunal Superior Eleitoral, muitas suspeitas de corrupção e nenhuma condenação em última instância na Justiça.
Natural de Pedregulho, município no interior paulista, Quércia foi para Campinas estudar jornalismo, direito e administração de empresas. Lá, iniciou sua carreia política como líder estudantil e vereador pelo então Partido Libertador. Quércia foi radialista, já no MDB, foi eleito deputado estadual e, dois anos depois, prefeito de Campinas. Neste período, surgiram as primeiras denúncias de corrupção, nunca comprovadas. Em 1974 elegeu-se senador pelo MDB. Ele foi um dos fundadores do PMDB e presidente do diretório paulista do partido. Também foi vice-governador e governador de São Paulo de 1987 a 1991.
Desde que saiu do governo, Quércia não venceu nenhuma eleição. Disputou a corrida presidencial em 1994, o governo estadual em 1998 e 2006 e o Senado em 2002.
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