Este é o Miscelânea, por Júlio Lucas

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quinta-feira, 29 de julho de 2010

DEVO DE VOLTA

Depois de aparecer na volta do desenho “Futurama” como as estrelas do centésimo episódio da série, dos mesmos criadores dos “Simpsons”, que havia sido cancelada em 2003 e reestreiou no dia 24 de junho, nos EUA, a banda DEVO lança Something for Everybody.
Para saber um pouco mais desses caras de chapéus esquisitos que fazem parte do inconsciente coletivo quando o assunto são as bandas de vanguarda desde os idos anos 80 (desculpem o paradoxo) quando até os Titãs beberam um pouco daquelas sonoridades estranhas, irônicas e multicoloridas que se propagaram na onda da new wave (descuplem a redundância), vejam a seguir parte da crítica escrita por Valdir Antonelli para o site da revista Speculum: http://www.speculum.art.br/



Enquanto o mundo inteiro espera pela nova sensação do rock, ninguém poderia esperar que uma banda com 38 anos de estrada lançasse um dos discos mais modernos dessa primeira década do século 21.
Pois é, o Devo, uma das bandas responsáveis pela onda new wave norte-americana, voltou ao estúdio depois de 14 anos e volta ao mercado com Something for Everybody e mostra que sua de-evolution continua gerando bons frutos.
Something for Everybody mostra de onde bandas como Strokes, Kaiser Chiefs e Killers – entre dezenas de outras que fazem os descolados dançarem pelos inferninhos paulistanos – tiraram seus riffs mais instigantes. Além disso, o álbum remete a um dos momentos mais inspirados do rock mundial, lá pelo começo dos anos 1980, quando um bando de moleques subverteu a música pop.
O mais interessante disso tudo é ver que o que o Devo faz não soa datado. Canções que poderiam estar “Q: Are We Not Men? A: We Are Devo!” ou em “Freedom of Choice”, discos considerados essenciais na história da banda, parecem totalmente conectados à modernidade do rock atual, ou seja, como o Devo estava à frente do seu tempo.
Aí você pode jogar a seguinte pergunta: Como uma banda que não faz absolutamente nada de novo pode ter um disco considerado um dos melhores do ano? Simplesmente por não querer reinventar a roda. Se o rock se mistura à música eletrônica, pode ter certeza que teve a mão do Devo, e isso bem antes de você ter nascido.
E para quem não tem ideia do que seja o de-evolution, aí vai uma explicação simples, mas que ajuda a entender a dinâmica da banda: teoria que mostra que a raça humana está regredindo, no lugar de evoluir e que se baseia em um panfleto antidawinista que foi batizado pelo Devo como de-evolution.
http://www.speculum.art.br/novo/?p=3300

Por Valdir Antonelli

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